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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(4): e00084820, 2021. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1249417

ABSTRACT

A vacinação é uma das ações de saúde pública que tem colaborado com a diminuição da incidência das doenças imunopreveníveis. No entanto, as vacinas podem acarretar eventos adversos pós-vacinação. Assim, este estudo teve como objetivos: analisar a prevalência dos eventos adversos pós-vacinação em pessoas idosas; levantar os eventos notificados; identificar as vacinas que causaram eventos e verificar os eventos adversos pós-vacinação e as vacinas administradas que acarretaram internações no Estado de São Paulo, Brasil, nos anos de 2015 a 2017. Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa com base nas notificações de eventos adversos pós-vacinação registradas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações. Os resultados mostraram que dentre as 15.196.080 pessoas idosas imunizadas, ocorreram 207 notificações de eventos adversos pós-vacinação, sendo 187 (89%) devido a evento adverso não grave e 15 (8%) por erro de imunização. A maioria dos acometidos era: do sexo feminino (86%); raça branca (49%); com idades de 60 a 69 anos (70%). Dentre as manifestações clínicas destacamos as reações nos locais das aplicações (84%). Constatou-se que 131 casos (64%) evoluíram para cura sem sequelas. Em relação às internações, verificou-se que duas pessoas (2%) foram hospitalizadas devido a efeito adverso grave, a primeira recebeu as vacinas: difteria/tétano adulto (dT), pneumocócica (Pn23) e influenza, e a segunda recebeu Pn23. Observaram-se informações incompletas nas notificações de eventos adversos pós-vacinação. Conclui-se que a notificação do eventos adversos pós-vacinação é essencial. Faz-se necessário o comprometimento dos profissionais no preenchimento adequado da notificação, e ainda, a supervisão da vigilância sanitária visando à qualidade da assistência prestada à pessoa idosa acometida por eventos adversos pós-vacinação.


Vaccination is one of the public health measures that has most contributed to decreasing the incidence of vaccine-preventable diseases. However, vaccines can lead to post-vaccination adverse events. This study thus aimed to analyze the prevalence of post-vaccination adverse events in elderly persons, determine the reported post-vaccination adverse events, identify the vaccines that cause post-vaccination adverse events, and verify the post-vaccination adverse events and vaccines that lead to hospitalizations in the State of São Paulo, Brazil, from 2015 to 2017. This was a descriptive cross-sectional study with a quantitative approach based on notifications of post-vaccination adverse events recorded in the Information System of the National Immunization Program. The results showed that of the 15,196,080 elderly persons that were immunized, there were 207 reports of post-vaccination adverse events, of which 187 (89%) were non-serious adverse events and 15 (8%) due to immunization errors (IE). The majority of the patients were female (86%), white (49%), and from 60 to 69 years of age (70%). Clinical manifestations featured local reactions at the injection site (84%). There were 131 cases (64%) that evolved to cure without sequelae. Two individuals (2%) were hospitalized due to serious adverse events. The first had received adult diphtheria/tetanus (dT), pneumococcal (Pn23), and influenza vaccines, and the second had received Pn23. The post-vaccination adverse events notifications showed incomplete information. In conclusion, notification of post-vaccination adverse events is essential. Health professionals need to be committed to adequate completion of the notification forms, with health surveillance supervision aimed at quality of care for elderly persons with post-vaccination adverse events.


La vacunación es una de las acciones de salud pública que ha colaborado a la disminución de la incidencia de enfermedades inmunoprevenibles. No obstante, las vacunas pueden acarrear eventos adversos de posvacunación. Por ello, este estudio tuvo como objetivos: analizar la prevalencia de los eventos adversos de posvacunación en personas ancianas; recoger los eventos adversos de posvacunación notificados; identificar las vacunas que causaron eventos eventos adversos de posvacunación y verificar los eventos eventos adversos de posvacunación y las vacunas administradas que provocaron internamientos en el Estado de São Paulo, Brasil, durante los años de 2015 a 2017. Estudio descriptivo, transversal, de abordaje cuantitativo basado en las notificaciones de eventos adversos de posvacunación, registradas en el Sistema de Información del Programa Nacional de Inmunizaciones. Los resultados mostraron que, entre las 15.196.080 personas ancianas inmunizadas, ocurrieron 207 notificaciones de eventos adversos de posvacunación, siendo 187 (89%) debidas a un evento adverso no grave y 15 (8%) por error de inmunización. La mayoría de los afectados era del sexo femenino (86%); raza blanca (49%); con edad de 60 a 69 años (70%). Entre las manifestaciones clínicas se destacaron las reacciones en los lugares de la aplicación de la vacuna (84%). Se constató que 131 casos (64%) evolucionaron a una cura sin secuelas. En relación con los internamientos se verificó que dos personas (2%) fueron hospitalizadas, debido a un efecto adverso grave, la primera recibió las vacunas: difteria/tétano adulto (dT), neumocócica (Pn23) y gripe y la segunda recibió Pn23. Se observó información incompleta en las notificaciones de eventos adversos de posvacunación. Se concluye que la notificación del eventos adversos de posvacunación es esencial. Es necesario el compromiso de los profesionales en la cumplimentación adecuada de la notificación e incluso, la supervisión de la vigilancia sanitaria, con el fin de analizar la calidad de la asistencia prestada a la persona anciana afectada por eventos adversos pós- vacinação.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Aged , Influenza Vaccines/adverse effects , Vaccination/adverse effects , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Immunization Programs
2.
Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online) ; 21(4): 419-427, July-Aug. 2018. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-958941

ABSTRACT

Abstract Objective: to identify the prevalence of self-medication, the therapeutic classes used without medical prescription, the symptoms treated with such medication and associated factors among participants of an Open University of the Third Age (OU3A). Method: a cross-sectional, descriptive and analytical study was carried out, the sample of which was composed of 138 OU3A attendees. To estimate the association between the variables, prevalence ratios (PR), confidence intervals (95% CI), the chi-squared test and Fisher's exact test were used. Results: the majority were aged 60-69 years (61.6%), were female (75.4%), had a health plan (63%) and claimed to self-medicate (59.4%, 95% CI, 0-64.8). The most frequently mentioned therapeutic classes were analgesics (31.9%), muscle relaxants (13.8%), anti-inflammatories (13.0%) and first-generation antihistamines (7.2%). The most commonly reported self-medication symptoms were muscle and joint pain (21.0%), headaches (10.1%) and colds and flu (8.7%). There was a significant association (p = 0.049) among those who self-medicated more frequently and anti-inflammatory use (PR = 1.46, 95% CI = 1.10-1.99). The complaint of muscular and articular pain exhibited a significant association with the diagnosis of arthrosis (p = 0.003, RP = 3.75, 95% CI = 2.07-6.76) and hypothyroidism (p = 0.002, RP = 2.77 ; 95% CI = 1.50-5.10). Conclusion: the most frequently mentioned reasons for self-medicating were previous experience using the drug and the certainty that it is safe. Most of the above medications are potentially inappropriate for the elderly. However, the elderly consider them safe and are unaware of the risks to which they expose them. They may also be unaware that pain treated by self-medication may be related to pre-existing diseases, which require the appropriate professional and treatment. AU


Resumo Objetivo: estimar a prevalência de automedicação, das classes terapêuticas utilizadas sem prescrição médica, dos sintomas tratados com as mesmas e fatores associados entre participantes da Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI). Método: trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, sendo a amostra constituída por 138 frequentadores da UnATI. Para estimar a associação entre variáveis, utilizou-se razões de prevalência (RP), intervalos de confiança (IC95%), testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Resultados: a maioria possuía entre 60 e 69 anos (61,6%), era do sexo feminino (75,4%), possuía plano de saúde (63%) e afirmou praticar automedicação (59,4%; IC95% 54,0-64,8). As classes terapêuticas mais referidas foram analgésicos (31,9%), relaxantes musculares (13,8%), antiinflamatórios (13,0%) e anti-histamínicos de primeira geração (7,2%). Os sintomas tratados com automedicação mais referidos foram dores musculares e articulares (21,0%), cefaleia (10,1%), gripes e resfriados (8,7%). Houve associação significativa (p=0,049) entre os que se automedicavam com mais frequência e uso de antiinflamatórios (RP=1,46; IC95%=1,10-1,99). A queixa de dor muscular e articular apresentou associação significativa com os diagnósticos de artrose (p=0,003; RP=3,75; IC95%=2,07-6,76) e de hipotireoidismo (p=0,002; RP=2,77; IC95%=1,50-5,10). Conclusão: os motivos da automedicação mais referidos foram a experiência anterior com o uso do medicamento e a certeza de que o mesmo é seguro. A maior parte dos medicamentos referidos é potencialmente inapropriada para idosos. Entretanto, os idosos os consideram seguros e desconhecem os riscos aos que os mesmos os expõem. Possivelmente, também desconhecem que a dor tratada com automedicação pode estar relacionada às doenças pré-existentes, que requerem tratamento profissional e adequado. AU


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Self Medication , Health of the Elderly , Drug-Related Side Effects and Adverse Reactions , Drug Utilization
3.
Estud. interdiscip. envelhec ; 22(2): 57-74, ago. 2017. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-911144

ABSTRACT

Idosos são mais susceptíveis aos efeitos adversos cognitivos de fármacos com atividade anticolinérgica. Isso se deve a fatores associados à velhice, como comprometimento da atividade colinérgica central, aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica, redução do metabolismo hepático e da excreção renal e polifarmácia. A escala de Carga Anticolinérgica Cognitiva (ACB) foi elaborada com o intuito de reduzir a ocorrência eventos adversos cognitivos à farmacoterapia, como declínio cognitivo, demência e delírio. O objetivo desta revisão integrativa foi reunir achados obtidos em estudos clínicos sobre a associação entre alterações cognitivas e ACB por meio da escala. A busca nas bases MEDLINE/PubMed e BVS-Bireme gerou 11 artigos completos em inglês. Sete são longitudinais, três transversais e um observacional. Oito foram conduzidos nos Estados Unidos. Nove de 10 evidenciaram a relação entre ACB e déficit cognitivo. O MMSE foi o teste de avaliação cognitiva mais usado. As evidências mostram a importância da revisão da farmacoterapia de todo paciente com déficit cognitivo ou delírio. Deve-se evitar assumir que o declínio cognitivo é demência até as possíveis causas farmacológicas tenham sido descartadas. (AU)


Elderly people are more susceptible to cognitive adverse effects of medications with anticholinergic activity. This is due to factors associated with aging, such as decline in central cholinergic activity, increase in blood-brain barrier permeability, decline in hepatic and renal metabolism and polypharmacy. The Anticholinergic Cognitive Burden (ACB) scale was developed reduce the risk for developing adverse cognitive outcomes such as cognitive impairment, dementia and delirium. The purpose of this integrative review is to bring together findings from clinical studies on the association between cognitive impairment and ACB scale. The search in MEDLINE/PubMed and BVS-Medicine bases generated 11 full articles in English. Seven were longitudinal, three transversal and one observational. Eight of them were conducted in the United States. Nine of 10 showed the relationship between the ACB and cognitive impairment due to at least one moderate or severe anticholinergic medication or due to concomitant use of multiple medications. MMSE was the most commonly cognitive assessment. Evidence shows the importance of the review of pharmacotherapy of all patients with cognitive impairment or delirium. It is important not to assume that cognitive decline is dementia until pharmacologic causes have been excluded. (AU)


Subject(s)
Aging/drug effects , Cholinergic Antagonists/adverse effects , Cognition/drug effects
4.
Rev. saúde pública ; 47(1): 123-127, Fev. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-674848

ABSTRACT

Com base em análise documental, foram discutidas e problematizadas as limitações associadas à utilização de organizadores e cortadores de comprimidos, como questão de saúde pública. Os organizadores destinados ao armazenamento e transporte de comprimidos e cápsulas expõem essas formas farmacêuticas a fatores ambientais dos quais estariam protegidos em suas embalagens originais, comprometendo sua estabilidade, eficácia e segurança. Os cortadores oferecem risco adicional quanto a perda da eficácia, reações adversas e intoxicação. Por outro lado, o transporte de medicamentos pelo usuário é reflexo da conciliação entre autonomia e autocuidado e a partição de comprimidos é necessária para cumprir certos regimes posológicos. Conclui-se que cabe aos profissionais observar e orientar pacientes e cuidadores, visando à adequação dessas condutas e à prevenção dos riscos envolvidos.


In this essay, based on documental analysis, the limitations associated with the use of pill organizers and cutters are discussed and analyzed as a matter of public health. The use of the organizers for storing and carrying tablets and capsules exposes these medications to environmental factors from which their original packaging protected them, compromising their stability and safeness. Cutters also pose the additional risk of causing loss of efficacy, adverse reactions and overdose. On the other hand, the user carrying their own medication reflects the balance between autonomy and self-care, and splitting is sometimes required to comply with certain regimens. It can be concluded that healthcare professionals should observe and guide patients and caregivers in order to avoid risks.


Objetivo Con base en análisis documental, se discutieron y señalaron los problemas de las limitaciones asociadas a la utilización de organizadores y cortadores de comprimidos, con respecto a la salud pública. Los organizadores destinados al almacenamiento y transporte de comprimidos y cápsulas exponen las formas farmacéuticas a factores ambientales de los cuales estarían protegidos en sus embalajes originales, comprometiendo su estabilidad, eficacia y seguridad. Los cortadores ofrecen riesgo adicional con relación a la pérdida de la eficacia, reacciones adversas e intoxicación. Por otro lado, el transporte de medicamentos por el usuario es reflejo de la conciliación entre autonomía y autocuidado, y la partición de comprimidos es necesaria para cumplir ciertos regímenes posológicos. Se concluye que resta a los profesionales observar y orientar pacientes y cuidadores, buscando la adecuación de esas conductas y la prevención de los riesgos involucrados.


Subject(s)
Humans , Capsules/administration & dosage , Drug Packaging , Drug Stability , Drug Storage/methods , Tablets/administration & dosage , Drug Packaging/methods
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